quinta-feira, 6 de junho de 2013

Índices de Conformação e Proporções Corporais e Medidas Corporais

Índice Corporal (IC)


           Índice que relaciona o comprimento do corpo com o perímetro torácico, classificando os animais em longilíneos, mediolíneos e brevilíneos.          

         Comprimento do corpo
IC = _____________________x100
  Perímetro torácico


São classificados animais:

·         Longilíneos com IC ≥ 90
·         Mediolíneos 86 ≤ IC ≤ 88

·         Brevilíneos com IC ≤ 85

Índice Meloscópico (IM)

Índice que relaciona a altura do membro anterior com três perímetros do mesmo membro e, também, classifica os animais em longilíneos, mediolíneos e brevilíneos.

                      Distância codilho-solo
IM =____________________________________
          Perímetros do Antebraço + Joelho + Canela

São classificados animais:

·                  Longilíneos  IM > 1
·                  Mediolíneos IM = 1
·                  Brevilíneos   IM < 1


Índice Dáctilo-Torácico (IDT)

Índice que relaciona o perímetro da canela com o perímetro torácico e indica a relação existente entre a massa de um animal e os membros que a suportam, classificando os animais em hipermétricos (cavalos pesados), eumétricos (cavalos médios) e hipométricos (cavalos leves).

Perímetro da canela
IDT =___________________ x 100
  Perímetro torácico

São classificados animais:
·        
             Hipermétricos IDT > 11,5
·            Eumétricos 10,5 ≤ IDT ≤ 10,8
             Hipométricos IDT < 10,5

           Índice de carga na canela (ICC)

Relaciona o perímetro da canela com o peso e indica a capacidade dos membros de deslocar a massa corporal.

            Perímetro da canela
ICC = __________________x 100
           Peso

             Medidas Corporais


 - Peso corporal

- Altura na cernelha
Medida aferida do ponto mais alto da região interescapular, localizado no espaço definido pelo processo espinhoso de T 5 e T6, até o solo.

- Altura na garupa
Medida aferida do ponto mais alto da garupa, especificamente sobre a tuberosidade sacral, até o solo.

- Distância Codilho-Solo
Distância entre o vértice do olécrano e o solo.

- Comprimento da cabeça
Distância entre a extremidade proximal da cabeça e a porção medial ou central da arcada incisiva inferior.

- Comprimento do pescoço
Distância entre a porção cranial do arco dorsal do atlas e o terço médio da borda cranial da escápula.

- Comprimento da espádua
Distância entre a borda dorsal da cartilagem da escápula e o ângulo distal da escápula ou porção central da articulação escápulo-umeral direita e esquerda.

- Comprimento do dorso-lombo
Distância entre as extremidades dos processos espinhosos de T8 e T9 e a porção cranial da tuberosidade sacral.

- Comprimento da garupa
Distância entre as porções cranial da tuberosidade ilíaca e caudal da tuberosidade isquiática.

- Comprimento do corpo
Distância entre as porções cranial do tubérculo maior do úmero e caudal da tuberosidade isquiática.

- Largura da cabeça
Distância entre a porção livre da borda supra-orbital direita e a borda esquerda.

- Largura do peito
Distância entre as bordas laterais das articulações escápulo-umeral direita e esquerda.

- Largura das ancas
Distância entre as porções laterais das tuberosidades ilíacas.

- Perímetro do antebraço
Medida de circunferência aferida na região mediana do antebraço, formada pelos ossos rádio e ulna

- Perímetro do joelho
Medida de circunferência aferida na região mediana do joelho, compreendida pelos ossos carpianos.

- Perímetro da canela
Medida de circunferência aferida na região mediana da canela de um dos membros anteriores, formada pelos ossos metacárpicos II, III e IV.

- Perímetro torácico
Medida de circunferência aferida com fita métrica posicionada logo após o final da cernelha, entre os processos espinhosos T8 e T9, passando pelo espaço intercostal da 8ª e 9ª costelas, até a articulação da última costela com o processo xifoide.




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Aprumos e Podologia Equina

Aprumos e Podologia Equina 

Uma breve descrição, sem muitos detalhamentos.

Tem-se como base, a divisão do cavalo em duas partes principais, segundo um plano vertical que passa imediatamente atrás da cernelha assim denominando-se região anterior e posterior do corpo.
Essa divisão tem um sentido mais profundo, uma vez que está intimamente ligada ao equilíbrio do animal, assim na junção da linha imaginaria vertical e a horizontal que divide o cavalo da ponta da espádua até a extremidade da nádega, tempos o centro de gravidade do animal e assim influenciando nos seus aprumos.
Aprumos é a exata direção que tem dos membros do animal de modo que o seu peso corporal seja regularmente distribuído sobre cada um dos membros.
O aprumo dos membros posteriores tem importância fundamental nos movimentos do cavalo, bem como na produção e transmissão de força propulsora. Para que a força produzida seja inteiramente aproveitada, é necessário que seja transmitida pelo caminho mais curto possível, em linha reta.
Um animal com aprumos corretos dos membros posteriores tem que apresentar, vistos lateralmente, três linhas imaginarias, a primeira, tem que partir da ponta da nádega, tangenciando o jarrete e descer paralela a canela tocando o solo aproximadamente 10 cm antes dos talões, a segunda linha, parte da soldra e tem que tocar o solo 10cm adiante do casco e por fim a terceira, parte da articulação coxo-femural e divide a perna ao meio e toca o solo dividindo o casco ao meio.(fig1)

Visto de trás, os membros são avaliados tendo-se em vista a direção em que agem os membros, o que deve ser paralela ao eixo longitudinal do cavalo em um plano horizontal e ainda devem ser divididos em duas partes iguais pela vertical traçada a partir da articulação coxo-femural. A partir disto temos os possíveis defeitos de conformação que diminuem as qualidades do cavalo, mas que devem ser considerados de acordo com a sua função e atividade que exerce, podendo eles serem defeitos totais ou parciais. (fig.2)


                                                   A                        B                     C                      Fig.01
A) Regular

B) Sobre si de trás

C) Acampado de trás



Os aprumos dos membros anteriores tem importância fundamental para fornecer apoio ao animal e ao passo que no andamento deve-se estender-se o mais possível em linha reta.
Um animal com aprumos corretos dos membros anteriores, vistos lateralmente, deverá apresentar três linhas imaginarias, bem parecidas com as linhas imaginárias dos posteriores.
A primeira linha deverá partir da articulação escápulo-umeral na porção mais anterior e descer paralelamente ao membro e assim tocando o solo cerca de 10 cm à frente do casco, a segunda linha parte, do centro de sustentação da espádua que se encontra entre o terço médio e inferior da espádua, passar pelo meio do braço e tocar o solo dividindo o casco lateralmente em dois. A terceira linha, parte do meio da da articulação do braço com o ante braço tem que dividir todo o membro ao meio e toca o solo logo atrás dos talões.(fig.3)
Quando vistos de frente, os membros anteriores devem ficar divididos em duas partes iguais pela vertical que deve ser traçada a partir da articulação da espádua.(fig.4)
A partir das linhas conseguimos relacionar os defeitos que diminuíram as qualidades do animal.



Agora, quando observamos o animal lateralmente, podemos avaliar principalmente a ação propulsora da região da região posterior e a extensão dos da anterior e a interação  do conjunto.
Proveniente de maus aprumos e a deficiência de interação neste conjunto de membros observa-se defeitos no seu andamento, quando em movimento.
                Estes defeitos foram classificados da seguinte forma:
A - Andamento regular
B - Andamento aberto
C - Andamento cambaio
D - Andamento fechado
F - Andamento com joelhos esquerdos

                                           A               B                C                  D                E


                Além do conteúdo já descrito, não podemos deixar de citar os cascos, que são de grande importância à sustentação do equino.
                Os cascos formam a parte inferior extrema dos membros do equino e constituem os pés do animal. São formados por um envólucro córneo que protege o osso da coroa, o osso navicular e a terceira falange, sendo o córneo constituído com uma parte mole, vasos sanguíneos e nervos.
                Também é composto por paredes externas, a sola e a ranilha. A parede é formada por tubos córneos muito finos que se estendem de alto a baixo. A borda inferior é diretamente ligada à sola e a parte dianteira é constituída pela pinça, as partes laterais pelos quartos e a parte traseira pelo talão.
                O casco dos membros posteriores deve apoiar-se no solo formando um ângulo de cinquenta graus e sua pinça deve constituir o prolongamento da borda anterior da quartela.
                Para fazer uma avaliação dos cascos são usadas três linhas imaginárias que quando paralelas entre si apresentam um casco de ótimo equilíbrio.

Desse modo, se o equino não apresentar tais linhas paralelas podem ocorrer defeitos classificados como, casco fincado ou achinelado e ainda para dentro ou para fora.
Para controlar e corrigir alguns aprumos passíveis de correção e para limpeza dos cascos é utilizado os métodos de casqueamento e ferrageamento. Quando um equino tem seus cascos aparados e ferrageados de forma correta ele certamente apresentará o melhor de seu desempenho.
A revisão dos cascos para casqueamento e ferrageamento deve ser feita a cada quatro a seis semanas, e a limpeza dos cascos deverá ser realizada a cada dois dias, para retirar os detritos que acumulam umidade.
Para isso utilizamos algumas ferramentas, como: grosa, limpa ranilha, rineta, turquesa, faca de casco entre outros materiais.
Existem dois tipos para se realizar o casqueamento e ferrageamento, a forma francesa e a inglesa. Estas diferenciam-se apenas na quantidade de pessoas que manipulam o casco, sendo a inglesa apenas uma e a francesa são duas pessoas trabalhando no casco. 
A ferradura altera a percepção das estimulações naturais e cada uma possui um numero para cada casco. Se o casqueamento e ferrageamento vão alterar o alinhamento do casco, o melhor é não fazê-lo, pois um casqueamento e ferrageamento mal feito poderão acarretar efeitos negativos sobre o equino.  

Obs: Assuntos como Aprumos e Podologia equina, não se resume em apenas isto, procure livros para complementar a sua curiosidade!

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